quinta-feira, 10 de maio de 2012

Crítica: Nina Kraviz

Nina Kraviz
Nina Kraviz
Rekids

Enganem-se na suspeita: ela não tem qualquer ligação com Lenny. Nascida na Sibéria e radicada em Moscovo, Nina Kraviz é uma DJ que, nos últimos anos, conquistou lugar no circuito do "clubbing". No escuro da pista de dança e na produção, é dona de uma linguagem intrincada e sensual. A sua assinatura é agora revelada ao mundo, no álbum de estreia homónimo. Olhem para a capa e enganem-se novamente: Nina Kraviz não é mais um daqueles discos de "handbag house" polvilhado de "glitter", mas sim um exercício brilhante de técnica e emoção. Batidas cruas de deep house entrelaçam-se com atmosferas intoxicantes, minimalistas, por vezes sombrias. A sua voz emerge, sussurra, anseia, numa pista de dança quase deserta, onde a confissão oscila entre a urgência luxuriante e o eco fantasmagórico. Das pulsações dançantes ao puro “ambient”, a produção analógica confere a este disco textura e corpo. Vale a pena explorá-lo.

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