terça-feira, 15 de maio de 2012

Crítica: Julia Holter - "Ekstasis"


Julia Holter
Ekstasis
Rvng Intl.

Existem álbuns que ganham vida própria, que existem num outro plano de realidade onde a música que tocam ganha forma, corpo, alma. Em Tragedy, o primeiro álbum a sério de Julia Holter, ela faz um apelo com "Try To Make Yourself A Work Of Art". A cantora multi-instrumentista pegou nas suas palavras e concretizou-as em Ekstasis.

Numa primeira audição, a música de Holter move o chão que pisamos, não sabemos onde estamos. Ouvimos um sem número de barulhos. A água a correr, o vento, nuvens. Um conjunto de sons, muitos difíceis de identificar à partida, outros para sempre perdidos na música. O disco volta ao início, a viagem recomeça, acaba. Começamos a perceber os contornos. Afinal há chão, há paredes e há tecto. Ekstasisé uma casa de vários quartos, alguns de jazz, música clássica, ambiente, étnica, electrónica. É um álbum de reflexões pop.

10/10

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