quinta-feira, 10 de maio de 2012
Crítica: "Father Creeper", Spoek Mathambo
Spoek Mathambo
Father Creeper
Sub-Pop
Em 1994, o Planeta libertava-se de um dos fardos mais constrangedores alguma vez gerados pela mão humana. A queda do Apartheid simbolizou tudo aquilo que sabemos e dela germinaram, também, novos movimentos culturais e novos artistas. A mesma semente cresceu num menino que, aos 10 anos, era fascinado pelo hip hop americano. Dezoito anos depois, Nthato Mokgata responde pelo nome de guerra Spoek Mathambo e lança agora o seu segundo álbum, Father Creeper. Um disco alucinante e fervilhante de géneros - o mesmo fervilhar que agitou a Joanesburgo da sua adolescência. Enérgico e desafiador, capta as electrónicas que agitam o mundo, mas também a herança musical sul-africana. E simboliza um avanço dos tempos: é editado pela Sub-Pop, outrora bastião do rock caucasiano (grunge, alternativo, indie, tudo isso), que agora se rende a novas linguagens: as que definem um mundo que se quer reinventar.
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