segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Crónica - Nouvelle Vague na Arena Live do Casino de Lisboa


De regresso a Portugal, os franceses Nouvelle Vague marcaram presença no palco da sala de espectáculos do Casino de Lisboa, acompanhados de convidados bem conhecidos da música e televisão portuguesas, para a apresentação da sua reinvenção da Pop nacional da década de 80, o projecto Nouvelle Vague PT.

Entrada livre e gente vestida a rigor para um Casino Lisboa "à pinha", onde desta feita a atracção principal não foram as máquinas, ou as mesas de jogo, mas sim a música.

Por entre, os que ainda subiam e desciam as escadas rolantes tentando encontrar o último canto disponível com uma visão aceitável para o palco e os que "estacionaram" para nunca mais se movimentarem do lugar. Helena Noguerra e o restante colectivo entraram em palco sorridentes e cheios de boa disposição, empenhados em contagiar tanto os mais privilegiados das primeiras filas, tal como os que tiveram de acompanhar o concerto pelos vários ecrãs dos diferentes pisos.

A música fez-se sentir inicialmente por temas do repertório francês, aquecendo ainda mais o ambiente já quente nos primeiros 15 a 20 minutos. O desfile aguardado dos anos de ouro da Pop nacional deu-se logo de seguida com a entrada do primeiro convidado Rui Pregal da Cunha e a sua interpretação de "Sol da Caparica" dos Peste e Sida.

Fantasia e boa disposição não lhe faltaram para alimentar a curiosidade da noite em torno das seguintes "representações" em palco das Actrizes Dalila Carmo e Inês Castelo Branco. Enquanto a primeira "sacudiu a pressão" aproveitando o "à vontade" deixado pelos dois entusiastas anteriores e fez de conta que ninguém reparou no seu ar, um tanto ou quanto matinal em "Foram Cardos, Foram Prosas" de Manuela Moura Guedes. A segunda ficou "presa" ao microfone demonstrando que aquele não é o seu palco, mesmo sendo bem mais interessante "ver" aquele "Homem do Leme" dos Xutos e Pontapés, ou menos tradicional aquele "Pastor" dos Madradeus.

A voz Portuguesa da noite ficou a cargo da fadista Teresa Lopes Alves com a gratificação para o público presente da sua dupla interpretação dos temas "Irreal Social" dos BAN e a intemporal "Rua do Carmo" dos UHF.

Nos regressos ao palco de Rui Pregal da Cunha e Dalila Carmo em dueto, ainda houve tempo para a visão francesa do Punk dos Pistols, ou da New Wave dos Joy Division, com as agradáveis versões de "God Save The Queen" e "Love Will Tear Us Apart".

Uns Nouvelle Vague bem conseguidos, para um espectáculo que não foi o "jackpot" que todos esperam quando tentam a sua sorte no Casino, mas foi sem dúvida um tempo bem passado e mais uma aposta bem sucedida na agenda de entretenimento do Casino de Lisboa.

Por: Hugo Tomé & Joana Nunes


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